Sabei disto, minha progênie,
que um tentáculo de sombra nos seguirá aonde formos. Sabei disto, minha progênie,
que nossa vaidade para sempre se mostrará no vidro de contemplação.
Sabei disto, minha progênie,
que nossa terra é para sempre a terra das trevas.
Sabei que quando o tempo vier,
as trevas consumirão minh'alma, assim como um dia consumirão as vossas.
Escutai bem, meus filhos, minhas filhas! Não vos deixei ser consumidos por vossas
próprias trevas!
Sabei e lembrai que nosso lugar
é um lugar de sombras, de onde para sempre habitaremos, observando.
Feitos nós fomos para observar das sombras,
nosso propósito, e assim faremos.
Sabei que sempre, eu vos observarei
das sombras, através de olhos não meus próprios,
e um dia encontrarei meu caminho
para um nova morada de carne,
e novamente andarei entre vós.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
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